Ao mudar seu nome para “Meta” em 2021, muitas companhias iniciaram investimentos e se interessaram.

Metaverse, uma utopia futurista que visa fundir os mundos real e virtual, apareceu nas laudas dos livros de ficção científica e sentou-se nas mesas de investidores e grandes empresas. O potencial em torno desse conceito é tão grande que até fez com que o Facebook trocasse seu nome para “Meta“.

O que é o Metaverso?

Metaverse é uma nova camada de realidade que mistura o mundo real e o mundo virtual. Na verdade, a realidade virtual é um ambiente virtual imersivo criado usando várias tecnologias, como realidade aumentada e holograma.

Pense na visualização do conceito Matrix dirigido por Lilly e Lana Wachowski. Neste filme, as pessoas habitam em um mundo virtual criado por um assassino de IA que usa seus cadáveres para gerar energia. Existem mais ou menos metaversos, mas nenhuma máquina maligna – pelo menos não ainda.

Neste universo que ainda não é real, as pessoas podem interagir umas com as outras, trabalhar, aprender e socializar através de seus avatares 3D (bonecos virtuais únicos). Em outras palavras, o objetivo é que as pessoas sejam não apenas observadores virtuais, mas também parte deles.

Os entusiastas veem a evolução da Internet no Metaverse. Outros veem isso como um risco à privacidade é uma “droga” viciante. Mas tudo isso, ainda depende do amadurecimento de algumas tecnologias, como o próprio 5G.

Como surgiu?

Embora o termo metaverso tenha recebido popularidade nos últimos tempos, é de bastante tempo atrás. Foi pensado pelo autor Neal Stephenson em seu livro de ficção científica “Snow Crash”, publicado em 1992. Este trabalho trata da história do protagonista, Hiro, que é um entregador de pizza da vida real. Mas em um mundo virtual chamado metaverso, ele é um samurai.

Em 2011, o escritor Ernest Cline também abordou a questão em seu romance de ação Ready Player One, transformado em filme de 2018 por Steven Spielberg. No romance, os personagens vivem em um mundo distópico e passam horas escapando da realidade no OASIS, uma simulação virtual que lhes dá a liberdade de se tornar o que quiserem.

Primeira tentativa

Alguns projetos tentaram fazer algo semelhante a um metaverso. Um bom exemplo é o Second Life, lançado em 2003 pela Liden Lab nos Estados Unidos. O jogo é um ambiente virtual 3D que imita a vida real. Uma vez logado, os usuários podem criar avatares e falar uns com os outros.

O jogo conquistou milhares de participantes. No entanto, não é possível combinar completamente o mundo real e o mundo virtual. Uma razão é que o projeto não pode criar uma economia digital onde as pessoas pudessem adquirir dinheiro ou mesmo ter propriedades virtuais, o que é possível hoje.

Jogos como Roblox, Fortnite e Minecraft também bebem do conceito de metaverso e revelam alguns elementos desse novo mundo. Neste jogo, as pessoas têm seus próprios personagens para participar de missões, se conectar e participar de eventos. A vocalista estadunidense Ariana Grande tocou no Fortnite, por exemplo.

No entanto, lembre-se de que o Metaverse oferece mais do que apenas jogos online. A ideia é que todos os aspectos da “vida real” de uma pessoa sejam recreação, trabalho, relacionamentos, educação, etc. — se eles penetram no mundo digital ou não.

Facebook Inc mudou seu nome para Meta.

O Facebook Inc. afirmou em outubro de 2021 que a organização mudou seu nome para Meta (as mídias sociais prosseguirão usando o mesmo nome). No anúncio, Mark Zuckerberg, fundador e presidente da empresa, disse que a mudança se deve à nova posição do grupo.

Em uma carta disponível publicamente, Zuckerberg descreveu o mundo virtual que a empresa visada pelas autoridades antitruste dos EUA espera erigir:

Não há nada de novo em seus interesses comerciais. Em 2014, o grupo comprou a Oculus, empresa que fabrica óculos de realidade virtual. São ferramentas indispensáveis ​​para acessar essa nova realidade ainda em construção.

Em agosto de 2021, a empresa também lançou o Horizon Workrooms, uma ferramenta que possibilita aos usuários criar avatares e participar de reuniões virtuais. Vale dizer também que o Facebook está trabalhando para desenvolver a moeda digital Diem (antiga Libra), outra tecnologia chave para o metaverso.